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Palmeiras e Corinthians empatam em jogo eletrizante

Em um dos clássicos mais aguardados do futebol paulista, Palmeiras e Corinthians protagonizaram um Derby intenso que terminou em empate, em partida válida pelo Campeonato Paulista 2025. O confronto, marcado por lances polêmicos e pela superioridade numérica do Palmeiras em campo, manteve a tradição de equilíbrio entre as duas equipes que protagonizam uma das maiores rivalidades do futebol brasileiro. O duelo ganhou ainda mais relevância por interromper a sequência de dez vitórias consecutivas do Corinthians, enquanto o Palmeiras buscava manter o embalo após a vitória contra o Santos.

Panorama das equipes antes do clássico

Os rivais chegam ao clássico em momentos distintos na temporada. O Palmeiras, após um início irregular no Paulistão, encontrou seu melhor futebol na vitória por 4 a 1 sobre o Guarani, em Campinas. A equipe alviverde demonstrou evolução significativa no setor ofensivo, marcando oito gols nos últimos três jogos.

O Corinthians apresenta números expressivos em 2025, com 10 vitórias consecutivas antes da derrota no Majestoso. A reação alvinegra foi imediata, com três triunfos seguidos no Campeonato Paulista, consolidando a equipe na zona de classificação.

Desfalques e retornos

O técnico palmeirense conta com o retorno do atacante Rony, que cumpriu suspensão na rodada anterior. No departamento médico, o clube não divulgou novas baixas, mantendo disponível a base do time que venceu o Santos no último clássico. O Corinthians terá um desfalque importante no meio-campo.

O volante Raniele, que sofreu uma lesão muscular no treino de quinta-feira, não foi relacionado para a partida. Por outro lado, o zagueiro Lucas Veríssimo retorna após cumprir protocolo de concussão.

Retrospecto recente

Nos últimos cinco confrontos diretos no Campeonato Paulista, o equilíbrio predomina. Foram duas vitórias para cada lado e um empate. O último Derby no Allianz Parque terminou com vitória palmeirense por 2 a 1, em partida marcada por grande intensidade e público recorde na arena.

Primeiro tempo: equilíbrio e tensão no Derby

Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Os primeiros 45 minutos do Derby paulista foram marcados por intensidade e disputa acirrada no meio-campo. O Palmeiras iniciou com maior volume de jogo, pressionando a saída de bola corintiana nos minutos iniciais, mas encontrou dificuldades para traduzir o domínio territorial em chances claras de gol.

Polêmica antes do intervalo

Aos 38 minutos, uma jogada controversa envolvendo o atacante Estêvão gerou protestos de ambos os lados. O jovem palmeirense caiu na área após contato com o zagueiro corintiano, levando o árbitro a assinalar penalidade máxima após consulta ao VAR. A decisão provocou 5 minutos de paralisação enquanto os jogadores do Corinthians contestavam veementemente a marcação.

A tensão no gramado escalou após o lance, resultando em quatro cartões amarelos distribuídos ainda no primeiro tempo – dois para cada equipe. O clima hostil contagiou as arquibancadas do Allianz Parque, que registrou público de 39.742 torcedores. Estatisticamente, o Palmeiras finalizou seis vezes, sendo duas no alvo, contra quatro finalizações do Corinthians, apenas uma direcionada ao gol.

A posse de bola favoreceu a equipe alviverde com 57% contra 43% dos visitantes, refletindo o maior controle territorial dos donos da casa nesta etapa inicial. O momento mais perigoso do Corinthians ocorreu aos 42 minutos, quando uma rápida transição ofensiva quase surpreendeu a defesa palmeirense, exigindo intervenção precisa do goleiro para evitar a abertura do placar.

Lance polêmico e expulsão mudam dinâmica do jogo

O panorama da partida mudou drasticamente aos 12 minutos do segundo tempo, quando o volante Gabriel Menino recebeu cartão vermelho direto após entrada forte sobre Maycon. O árbitro Raphael Claus não hesitou na decisão, mesmo sob protestos da torcida palmeirense. Com um jogador a menos, o Palmeiras recuou suas linhas e passou a apostar nos contra-ataques. O Corinthians, aproveitando a vantagem numérica, intensificou a pressão ofensiva, registrando 65% de posse de bola nos 15 minutos subsequentes à expulsão.

Decisão controversa

A polêmica da partida ocorreu aos 27 minutos do segundo tempo. Em jogada pela direita, Fagner cruzou na área e a bola tocou no braço de Murilo. Após quatro minutos de análise do VAR, o árbitro manteve sua decisão inicial de não marcar a penalidade, gerando protestos veementes do banco de reservas corintiano.

O técnico António Oliveira, questionado sobre o lance após a partida, foi categórico: “As imagens são claras. O braço estava em posição antinatural. Em outros jogos, lances similares foram marcados como pênalti.” A tensão em campo escalou após o episódio, resultando em três cartões amarelos em um intervalo de cinco minutos.

O quarto árbitro precisou intervir repetidamente para acalmar os ânimos nas áreas técnicas, onde dirigentes de ambas as equipes gesticulavam intensamente. No aspecto técnico, a superioridade numérica do Corinthians traduziu-se em números: foram 8 finalizações contra apenas duas do Palmeiras na etapa final.

O goleiro Weverton, especialmente após a expulsão, tornou-se figura central na resistência alviverde, com três defesas importantes que mantiveram o placar inalterado.

Segundo tempo: Palmeiras com vantagem numérica

A etapa complementar iniciou com uma alteração significativa no panorama da partida. Aos 3 minutos, o volante corintiano Gabriel Moscardo recebeu o segundo cartão amarelo após falta dura em Raphael Veiga, resultando em sua expulsão e deixando o Corinthians com dez jogadores em campo.

Com a vantagem numérica, o Palmeiras intensificou a pressão ofensiva, ocupando o campo de ataque com maior presença. O técnico alviverde promoveu mudanças táticas, inserindo Lázaro no lugar de Richard Ríos aos 12 minutos, buscando ampliar o poder de finalização da equipe.

Reorganização tática

O Corinthians, mesmo com um jogador a menos, manteve sua organização defensiva e apostou nos contra-ataques. A equipe alvinegra reposicionou suas linhas mais recuadas, com Yuri Alberto atuando como referência isolada no ataque. O volume de jogo pendeu decisivamente para o lado palmeirense, que registrou 12 finalizações em 25 minutos, contra apenas duas do adversário no mesmo período.

A posse de bola também refletiu o domínio alviverde, alcançando 68% nesta fase do jogo. A pressão palmeirense resultou em duas chances claras de gol.

Aos 27 minutos, Endrick acertou a trave após cabeceio, e aos 31, Raphael Veiga exigiu grande defesa do goleiro Cássio em cobrança de falta da entrada da área. O Corinthians respondeu em lance isolado aos 35 minutos, quando Romero finalizou com perigo após contra-ataque rápido.

Análise tática e consequências do resultado

A partida evidenciou mudanças táticas significativas de ambas as equipes após a expulsão de Gabriel Moscardo aos três minutos do segundo tempo. O Palmeiras, com vantagem numérica, alterou seu esquema para um 4-3-3 mais ofensivo, concentrando 68% da posse de bola e produzindo 12 finalizações em apenas 25 minutos.

Domínio territorial

A superioridade numérica permitiu ao Palmeiras estabelecer um controle territorial expressivo, principalmente pelos corredores laterais. A entrada de Lázaro no lugar de Richard Ríos aos 12 minutos potencializou o poder ofensivo alviverde, resultando em duas chances claras de gol: o cabeceio de Endrick na trave e a cobrança de falta perigosa de Raphael Veiga.

O Corinthians demonstrou competência na reorganização defensiva após ficar com dez jogadores. A equipe alvinegra adotou um bloco baixo, com Yuri Alberto isolado no ataque, priorizando a proteção dos espaços e as transições rápidas. Esta estratégia resultou em um contra-ataque perigoso aos 35 minutos, finalizado por Romero.

Os números finais ilustram o impacto tático do confronto: o Palmeiras registrou 18 finalizações totais contra 6 do Corinthians. A posse de bola consolidada de 62% para os alviverdes reflete o domínio territorial, embora não tenha se convertido em gols. O resultado mantém o Palmeiras na liderança do seu grupo no Paulistão, enquanto o Corinthians permanece em situação confortável na zona de classificação.

O empate sem gols, considerando o contexto da partida, representa um cenário mais favorável ao time alvinegro, que conseguiu neutralizar as investidas palmeirenses mesmo com um jogador a menos durante grande parte do segundo tempo.

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